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A prática da Inteligência e a Transformação Digital

Entender a Transformação Digital não é entender de tecnologia. É entender de pessoas

O estudo “The Practice of Digital Transformation Intelligence & Its Impact on Organizational Performance”, elaborado por Christophe Bisson e Nabila Boukef e divulgado pela Strategic and Competitive Intelligence Professionals (SCIP), introduz o conceito de Inteligência de Transformação Digital (DTI, em inglês) e explora os níveis de prática em 78 empresas.

Os autores demonstram que, quanto maior a sofisticação das práticas de ITD, maior a agilidade exibida pela empresa — e, por fim, maiores as chances de ter sucesso, ganhar participação de mercado e aumentar os lucros de forma sustentável. Os resultados destacam três componentes interrelacionados das práticas de ITD: estratégia, estrutura organizacional e processos, e capacidades digitais que impactam a agilidade da empresa.

Os resultados destacam diferentes práticas de ITD e demonstram até que ponto ela tem impacto na agilidade organizacional. Essas são algumas das implicações levantadas pela pesquisa:

1) É preciso envolver toda a empresa

Embora as organizações geralmente não tenham uma pessoa ou departamento alocado em tempo integral para a inteligência competitiva especificamente em torno da ITD, é preciso lembrar que "o trabalho de todos não é trabalho de ninguém". A maioria das organizações se beneficiaria muito em ter um repositório central para informações sobre o tema — o que é fundamental, pois a ITD geralmente atinge todas as áreas e processos de uma empresa.

Quando a responsabilidade pela ITD está alocada em inteligência competitiva, a organização se beneficiará dos recursos avançados que o profissional de Inteligência possui em relação à coleta, análise e comunicação.

Recomendação dos autores: designar um departamento ou equipe preexistente como centro para informações sobre transformação digital. Comunique isso de forma ampla em toda a empresa, não apenas nas funções tradicionais de atendimento ao cliente.

2) É preciso dar velocidade ao processo

Embora a tecnologia por si só não seja uma solução mágica, as empresas que usam tecnologias avançadas para oferecer suporte de inteligência competitiva ao processo de ITD desfrutam de maior agilidade. As companhias mais sofisticadas também eram as mais propensas a usar IA para apoiar a coleta, análise e disseminação de inteligência.

Recomendação dos autores: conduzir uma auditoria de processo da função de IC (ou qualquer departamento que seja amplamente responsável pelo ITD). Identifique ineficiências e gargalos e desenvolva um plano para corrigi-los. O estágio de coleta é um passo lógico para simplificação, potencialmente com tecnologia avançada.

3) É preciso olhar além dos concorrentes

Os fatores externos que têm maior impacto na tomada de decisões em torno da transformação digital são as demandas dos clientes. Ter informações sobre clientes, fornecedores e concorrentes em departamentos autônomos (silos) é uma receita para o desastre.

Recomendação dos autores: a ITD bem-sucedida requer uma visão do ecossistema (ambiente externo). Se a área de inteligência competitiva ainda não acompanha clientes, fornecedores, macrotendências etc, é preciso desenvolver rapidamente processos para compartilhar informações e insights com outros departamentos responsáveis por essas áreas.

O relatório completo está disponível exclusivamente para os membros da SCIP, mas o resumo (texto acima em tradução livre) está disponível para todos: https://lnkd.in/dZ-Z9s3